Santo Inácio em Belém Velho

Engana-se quem pensa que a Arena do Grêmio é uma obra que beneficia apenas o bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre. Aqui na zona sul ,  o nosso querido Belém Velho também está sendo beneficiado com o investimento da empresa responsável pela construção do novo estádio gremista. Isso porque, a Construtora OAS, em uma contrapartida ao terreno doado pelo Estado ao Grêmio, está tendo que construir equipamentos/estruturas de mobilidade e infra-estrutura urbana não só no entorno da Arena (o que vem modificando o perfil do Humaitá); mas também realocando instituições que tiveram de sair do local.

É o caso da Escola Santo Inácio que começa uma nova trajetória na sede mais do que bela e nova; localizada na Estrada Costa Gama, nº 1009. O maior desafio do Santo Inácio, nesse momento, é ajudar a desenvolver, através da educação e do reconhecimento formal de suas qualidades organizacionais,  uma das regiões mais carentes de Porto Alegre.

Atualmente e infelizmente, Belém Velho não é um bairro atrativo aos olhos dos comerciantes e dos investidores da área da construção civil. Apesar de belas paisagens naturais, um clima atípico do resto de Porto Alegre e um vasto território a ser explorado e desenvolvido; existe algo que afasta os investidores (até mesmo da área de comunicações, ex: internet), colocando o bairro no hall de localidades de baixo crescimento não só de infra-estrutura, como em densidade demográfica.

Os moradores de Belém estão muito felizes por receber o Santo Inácio e esperam que nossa região possa galgar melhores condições de vida a partir do momento em que a escola entrar em pleno funcionamento e o nosso bairro comece a receber a visita de pessoas de outras localidades.

Clique aqui e conheça o Santo Inácio

Confira abaixo as fotos da construção da nova sede do Colégio Santo Inácio, em Belém Velho

Entregue a reforma do Posto de Saúde da Costa Gama

Do site da Prefeitura

Uma transformação foi o que ocorreu na Unidade Básica de Saúde Belém Velho, cujas obras de restauro foram entregues nesta quarta-feira, 4, às 15h30, na estrada Costa Gama. A unidade, com mais de 30 anos de existência, atendia em condições precárias, com infiltrações, paredes pichadas e dificuldades de acesso a deficientes e idosos. Com a reforma, ganhou rampa de acesso, ventiladores e climatização nos consultórios. Foram colocadas cercas, iluminação direta através da troca de janelas e cobertura na área externa, além de novos equipamentos e mobiliários. A obra teve início em setembro de 2011 e foi finalizada em junho.

O prefeito José Fortunati, acompanhado do secretário da Saúde, Marcelo Bosio, destacou o empenho das equipes e a compreensão dos moradores, que tiveram de se deslocar durante os 10 meses de obras para atendimento em outro local. “Conversamos constantemente com a comunidade através de entidades e do Orçamento Participativo e temos aqui uma demanda antiga, que foi resgatada atendendo à vontade dos moradores do Belém Velho”, disse o prefeito.

A cerimônia contou com a coordenação e servidores da UBS Belém Velho, representantes da Escola Estadual Dona Luiza do Vale Aranha, que fica localizada junto ao posto e cujos alunos utilizam os serviços, representantes do Orçamento Participativo e da Gerência Distrital de Saúde.

A unidade atende cerca de 8 mil moradores, fazendo limite com o bairro Restinga, e oferece atendimento das 7h às 18h, com consultas de clínicos, pediatra, ginecologista e dentista. No local, são feitas de 40 a 50 consultas por dia, com procedimentos de enfermagem, aplicação de vacinas, nebulização, distribuição de medicamentos, além de visitas domiciliares e atividades em grupos.

Confira, abaixo, as fotos da entrega da reforma do posto:

Uma triste realidade

Porto Alegre tem uma característica interessante quanto à organização de seu mapa: o centro não é o centro; é o oeste! Aliás, não só o município, mas o País é pensado da mesma forma. Apesar de o presidente Juscelino Kubitschek ter pensado e construído Brasília não só para centralizar/organizar o poder federal, mas também desenvolver outras regiões do Brasil; é fato de que os estados do Rio de Janeiro e São Paulo são as maiores e mais reconhecidas metrópoles/potencias brasileiras. O poder de negociação, a oferta de produtos e serviços, a empregabilidade, o foco das grandes indústrias...; quase tudo que envolve infra-estrutura, desenvolvimento, urbanização entre outros elementos que configuram o progresso está sempre voltado – ou tem sua origem – à região sudeste do País, contrariando a inteligível lógica de Kubitschek de que o Brasil deveria crescer de dentro para fora e em condições de oferecer oportunidades a todas as regiões.

Em Porto Alegre, durante muitos anos, as autoridades ignoraram a necessidade da realização de um plano de desenvolvimento que possibilitasse o crescimento da cidade de forma ordenada e igualitária. Observando o mapa atual da cidade é possível observar que a região central está localizada entre os bairros Belém Velho, Vila Nova, Restinga e Campo Novo. Porém, essas são regiões carentes. No momento, a Restinga vem se destacando um pouco mais pela força de sua comunidade que, segundo dados do IBGE, possui cerca de 61 mil habitantes.

Agora no dia 26 de março a capital dos gaúchos vai completar 240 anos. Assim como no principio, hoje também a prioridade é de servir melhor as regiões onde se estabelecem famílias com maior aporte financeiro. Isso é visível sem que haja maiores aprofundamentos na história e na pesquisa cientifica; e isso impede que muitos cidadãos porto-alegrenses sintam-se a vontade para afirmar que estão satisfeitos/felizes com a cidade onde moram. Não são poucos os movimentos populares que defendem a emancipação da Zona sul de Porto alegre, possibilitando a formação de um novo município. Em 1989 Belém Novo estava organizado e pronto para dar o grito de liberdade, o que foi rechaçado pela abertura política e pela eleição do então prefeito Olívio Dutra. Os moradores de Belém Novo acreditaram que uma nova era começava e o resultado foi um mergulho ainda maior no esquecimento. Belém Novo é um bairro lindo, cheio de belas paisagens naturais banhado pelo Guaíba, com um potencial turístico, hoteleiro, de lazer, entretenimento enormes; mas com índices de crescimento e desenvolvimento baixíssimos. Também nesse momento, há lideres comunitários “restinguenses” conjecturando maneiras ou de atrair investimentos na região (o que vem ocorrendo com o hospital da Restinga e o parque industrial), ou tentar reacender a ideia de emancipação da região.

Com essa atitude, a criação de um novo município possibilitaria a gestão de recursos próprios e direcionados impulsionando o desenvolvimento da região em todas as áreas. Nativo ou não, a pessoa que tem interesse em conhecer melhor a cidade de Porto Alegre vai se impressionar com diferenças tão grandes de região para região. Perguntas simples podem ser respondidas de forma objetiva:

Qual é a maior rede de hospitais de Porto Alegre e aonde se localiza?
R: Grupo Hospitalar Conceição, na Zona Norte e bairro centro (que não é centro).

Onde estão os maiores centros comerciais?
R: Zona Norte, com o Bourbon Country, Shopping Iguatemi, Bourbon Wallig…

Onde estão fica o Aeroporto?
R: Zona Norte.

Qual região o metrô atende?
R: Zona Norte e bairro centro.

Onde a linha dois do metrô de Porto Alegre será construída?
R: Zona Norte.

Onde há mais corredores de ônibus?
R: Zona Norte.

Onde há mais ofertas de ônibus?
R: Zona Norte.

Quais são os terminais de ônibus que melhor atendem os usuários?
R: Zona Norte (que tem terminais cobertos embaixo do camelódromo e no lado do Mercado Público).

Mas porque esse diferença?

R: Segundo o IBGE o rendimento médio dos responsáveis por domicílio no bairro Cristo Redentor (Zona Norte) é de 10,9 salários mínimos, na Restinga (Zona Sul) é de 3,6 salários mínimos. O rendimento médio dos responsáveis por domicílio no bairro Boa Vista (Zona Norte) é de 26,7 salários mínimos, no Chapéu do Sol (Extremo Sul) é 2,7 salários mínimos. Precisa falar mais alguma coisa?

As comparações são sempre as mesmas.

Pouca participação invalida Bússola do Desenvolvimento de Belém Velho

Conforme o Observa POA, a Bússola do Desenvolvimento do bairro Belém Velho não foi validada porque era necessário que pelo menos metade das lideranças mapeadas respondessem a entrevista de percepção: foram mapeadas 35 lideranças, das quais 12 responderam.

Conforme a percepção destas lideranças, a bússola de Belém apresenta um nível baixo de desenvolvimento em todas as dimensões: humana, cidadania, urbano, ambiental e econômico.

Como avaliar a bússola:

A primeira circunferência indica valores que vão de 1,00 a 4,99. A mancha que se encontrar nesta área indica um nível baixo de desenvolvimento.

A segunda circunferência indica valores que vão de 5,00 a 7,49.

A mancha que se encontrar nesta área indica um nível médio de desenvolvimento.

A terceira circunferência indica valores que vão de 7,50 a 10,00.

A mancha que se encontrar nesta área indica um nível alto de desenvolvimento.

A zona sul merece mais!

A zona sul é especial pela presença e necessidade de preservação de seus bens naturais, mas é importante que se saiba que nessa região vivem pessoas (das mais diversas classes) que também necessitam de bom transporte, de centros comerciais, de meios de lazer, arte, cultura, de calçamento, de iluminação, internet e por ai vai.

Aqui em Belém Velho estamos eufóricos com as obras do "Alpha Ville" (investimento privado) e da futura "Universidade do Trabalho" (investimento da OAS em contrapartida da construção da Arena do Grêmio que está sendo feito no antigo Círculo Operário). Estamos convictos de que isso vai ser um estopim para desenvolver nossa região. Alguns vizinhos - principalmente os mais jovens - sonham que, pelo menos, a internet via telefonia fixa chegue até a Estrada Costa Gama, Afonso Lourenço Mariante e suas adjacências.

No extremo sul a alegria é o Hospital da Restinga e o fato de muitas lojas apostarem no crescimento local. Na Hípica os loteamentos e o programa Minha Casa Minha Vida também deram um impulso no desenvolvimento de uma das localidades que mais recebe novos moradores da Capital...

Porém ainda estamos muito longe do que se sonha. A "realidade sulista porto-alegrense" nos impede de falar sobre metrô, por exemplo. Obviamente sabemos que a nossa população é reduzida com relação a zona Norte, mas isso também é fruto das más condições de vida. Na zona sul poucas empresas de porte se estabeleceram, assim como poucos eram os equipamentos públicos que davam suporte a vida. É fato, os maiores hospitais estão na zona Norte e Central, os centros culturais, os shoppings mais selecionados... Grata surpresa foi - para todos nós da zona sul - quando o Barra Shopping se instalou no bairro Cristal.

Antes de morar em Belém Velho, eu morava em Belém Novo e gostava muito do aeroclube. Ficava bem pertinho da minha casa. O sonho de todos por lá era transformar aquele lugar em um segundo aeroporto. Os "tios" diziam que seria fantástico ver o extremo sul de Porto Alegre na rota do mundo. Isso nunca ocorreu e não há previsão de ocorrer porque a cidade não cresce de forma ordenada e igual. Se não me engano, por volta de 1989 Belém Novo queria a emancipação.

A separação de Porto Alegre garantiria independência e gestão de recursos próprios. A ideia era transformar o bairro em município para tentar progredir sem depender da administração municipal porto-alegrense. Ou seja, não é de hoje que a população do sul e extremos sul da Capital se sentem excluídos do processo de desenvolvimento da cidade.

É necessário a população de Belém Velho e de toda a zona Sul de Porto Alegre se unirem para estabelecer vínculos mais próximos com a gestão pública municipal. Isso possibilita uma maior participação na decisão dos investimentos públicos, trazendo para a nossa região o tão sonhado progresso. Ate podemos ser considerados uma zona rual, mas isso não significa que temos de ficar excluídos do processo de modernização e urbanização da cidade. Temos o direito de termos nossas ruas asfaltadas, nosso esgoto tratado, as avenidas iluminadas...

Bússola do Desenvolvimento indica a necessidade de investimentos no Lami

O bairro Lami apresentou baixo desenvolvimento em todas as dimensões consideradas pela Bússola do Desenvolvimento. Pelo menos foi o que apontou a pesquisa de percepção e os indicadores organizados pelo Observatório da Cidade de Porto Alegre (Observa POA).

Destaque para o item Espaço Público da Dimensão Urbano Ambiental, que alcançou o valor de 2,32, em uma escala que vai de um a 10. O item com o melhor desempenho foi Justiça e Segurança da Dimensão Cidadania, com nota 6,63. Acesse as informações completas sobre a Bússola do Desenvolvimento do Bairro Lami e de outras regiões da cidade no Observa POA.

A pesquisa de percepção foi realizada através de uma entrevista realizada com as lideranças de todos os bairros de Porto Alegre. No bairro Lami a pesquisa foi respondida por 49 lideranças.

A Bússola do Desenvolvimento foi desenvolvida ao longo do V Congresso da Cidade e tem como objetivo, ser uma ferramenta de planejamento territorial, monitorando e medindo o nível de desenvolvimento. A ferramenta é dividida em quatro eixos ou dimensões de desenvolvimento: Humano, Cidadania, Urbano Ambiental, Econômico.